Com 11 anos ele tinha toda a imaginação do mundo. Desenhava, escrevia e, principalmente, sonhava. Um dia era super-herói, no outro agente secreto. Anotava tudo em seu caderno para não esquecer do quanto ele podia voar. No seu mundo nada era igual, tudo se transformava. Tinha alguns amigos, não muitos, mas aqueles que viajavam junto com ele. Queria tudo e ao mesmo tempo nada, se nada significasse só aquela garota. Ele tinha medo, tinha coragem e segredos. Enfrentava os mais temíveis monstros, fantasiava duelos e tomava sorvete na esquina. Na cabeça milhões de idéias. Sonhava acordado, seguia dormindo. Era assim, com 11 anos, um garoto. Como todos os outros e como nenhum outro. Apenas um menino.