terça-feira, 18 de outubro de 2011

A brisa

Eu quero um sopro de vento dentro de mim

Desses que deslizam fácil pela mente
Pelo corpo
Pelos dentes escancarados no sorriso
Andam rápido na alma viva
Alegre, em ritmo
E pelo ritmo
Alimentando os olhos
Tirando dos pés o peso do dia
Voando alto, baixo e para os lados
Na direção do tempo

Eu quero um sopro de vento dentro de mim
Uma paixão assim.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Canção da gente

Seria fácil transformar em canção aquilo que vem à mente
Sopra leve dentro da gente, sem medida, sem conserto
Aquela dor, só e simplesmente
Travestida de sonhos e desenhada em poemas
Curtas declarações
Breves decepções
A vida
Na sua mais longa caminhada
E bela, como não poderia deixar de ser
Música de pé de ouvido
Melodia que cabe no peito
E dói, dói sem receio
Dor de abraço forte
Traz a cançao da mente, do sonho, da gente
Leve e sem tamanho
Só e simplesmente.

terça-feira, 1 de março de 2011

Pousar e partir

Pousou, como nunca antes. 
Fincou os pés machucados firmes naquele chão.
Mas chorou, não pôde conter.
O que era o céu caiu para a Terra, e de lá não sairia
Tão cedo, ou jamais.
E o que importa?
Pousou e pousou fundo.
Para assim ser, ficar.
Talvez, quem sabe um dia
Decolar e voar novamente. 

E aí então
Voltar a pousar outra vez.

Partiu. E para voar, precisaria sempre da Terra ser. O céu, assim como a Terra, seus.