Era carnaval mais uma vez e Feliciana não conseguiu sair de casa. O som do frevo invadia seu quarto intensamente, confetes e serpentinas povoavam sua mente e pouco a pouco conseguia enxergar ao longe, o galo marchando com seu tom imperial. Estava frágil, a dor era mais forte do que seus dez anos de experiência com o carnaval pernambucano. Sentia que sem ela nada era igual, queria muito estar entre as máscaras, as bandinhas, as orquestras e todo aquele pessoal. Imaginava as fantasias. Ah, as fantasias! Sabia que nenhum carnaval passava sem estas roupas que nos transformam em seres diferentes, contos, desenhos e emoções. Cantarolava silenciosamente Capiba, e engolia um comprimido, perdendo assim todo o ritmo. Imaginava o sol queimando seu rosto enquanto descia aquelas ladeiras, e todo o prazer que isso lhe proporcionava, mas logo a dor aumentava. Como Feliciana gostaria de sentir o carnaval novamente. Mas ela não podia. Naquele dia nada fazia sentido, tudo rodava. Estava triste, a ressaca de ontem só passaria no dia seguinte.
5 comentários:
Gente, isso é que da... Se jogando total, depois num sobre pedaço pro outro dia.
=D
:**
só posso dizer uma coisa: hen-hein =\
Méle
Vc tem um bom domínio da linguagem escrita. Possui sentido de equilíbrio. Cria imagens expressivas. Tem ritmo.
Já pensou que terá de publicar em papel? Um livro? Tem modos de fazer ediçao tipo xerox com pequenas tiragens.
Nao pare de escrever. Vc poderia escrever uma pagina por dia?
tás com blog é?! =) Que massa \o/ Parabéns!
o velho engov.
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